Quando o River Plate foi rebaixado em 2011, poucos acreditavam que o clube argentino iria se reerguer assim das cinzas e se tornar o time mais forte do continente. Conquistou a América em duas ocasiões: 2015 e 2018. E chegou na semifinal em 2017 e na final em 2019. Essa temporada, o clube está novamente entre os quatro melhores. Já o Palmeiras, em 2015, iniciou um longo projeto de reestrutura, com muita grana envolvida e com um objetivo: ser o melhor da América. Hoje, acontece o confronto entre o melhor e o postulante a melhor.
River Plate e Palmeiras é um jogo sem favorito. Nas últimas cinco Libertadores, os argentinos estiveram na final em três. Na semifinal em quatro participações. O Palmeiras chega a sua segunda semifinal. Antes havia parado nas quartas em 2019, nas oitavas em 2017 e na fase grupos em 2016.
O jogo de hoje é o confronto no qual o Palmeiras se prepara desde 2015 para que acontecesse. Já teve uma oportunidade de chegar a final em 2018, mas o Boca de Benedetto acabou com as possibilidades. O sonho de ser o melhor da América não morreu naquela partida, ele somente postergou.
O River veio vencendo, perdendo, mas sempre chegando. Marcelo Galhardo transformou o time em uma máquina, mesmo após as mudanças de jogadores, que acabam acontecendo ao término de cada temporada. Muda-se os jogadores seguem a estrutura do promissor treinador.
Hoje, tem se falado muito em um River Plate melhor. Eu até concordo. O time é melhor treinado, enquanto o Palmeiras começa a entender com o estafe europeu, o que Abel Ferreira pede. Os elencos são parecidos. E tem a questão de uma semifinal todos terem que fazer um jogo perfeito.
Em quesito estrutural, o Palmeiras tem algo do mesmo nível ou melhor do que qualquer time da América. Alguns, comparam com grandes da Europa. Esse fruto, ele acontece por conta do tempo. O tempo que se esperou para que isso ocorresse, o tempo que se espera para o objetivo maior ser alcançado: ser o melhor da América. Nesta noite, ocorre o primeiro confronto que pode começar a mudar o rumo do Verdão ou consolidar ainda mais a equipe argentina.